Dizia com toda a razão António Manuel Pina, na sua coluna diária no JN do dia 05 intitulada "Poderia ser Jornalismo", que " Uma das características de algum jornalismo que hoje por aí se faz é que nada acontece, tudo «poderia ter acontecido» ou « poderá acontecer» (...) Por outro lado, as raras vezes que, em tal jornalismo, algo acontece, acontece «alegadamente»: a mulher foi alegadamente atropelada, o sinal verde estava alegadamente aceso, (...). E tudo segundo fontes «próximas» de qualquer coisa, pois os jornalistas, hoje, não afirmam nem confirmam, repetem."
Espelho desta não confirmação, é a noticia que saiu no JN de domingo com o titulo "centro da cidade volta a ter cinema", em que se publicitava o regresso de salas de cinema à baixa do porto, a propósito da inauguração (hoje) do novo espaço comercial - Porto Gran-Plaza.
No JN da passada terça-feira, podia ler-se "Novo centro comercial sem cinemas", afinal o espaço que no inicio do projecto estaria pensado para as ditas salas de cinema, foi ocupado pelo Health Club da Virgin. Então não sabiam contactar os responsáveis a saber, afinal, que espaços contempla este novo centro comercial? E se pensarmos que o JN estava a fazer um suplemento (que saiu hoje) só sobre o Porto Gran-Plaza, então, tinha mais do que a obrigação em passar informações correctas aos seu leitores.
Ora já não chegava os incontáveis erros ortográficos que grassam na nossa imprensa, agora também não é necessário informarem-se antes de publicarem uma noticia? Senhores Jornalistas, façam um favor ao vosso país (que está tão mal em termos ortográficos) e comprem um processador de texto, para deixarem de publicar textos com erros e já agora informem-se bem antes de noticiarem o que quer que seja. O país agradece!
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